sábado, 6 de outubro de 2012

Decisões...

E ontem fomos à quarta outra pediatra...

Ela, além de ter a especialidade de pediatria, tambêm é gastro, então cheguei lá super disposta a realmente ouvir o que ela tinha a dizer. De cara, levei um puxão de orelha por fuçar tanto na internet (schlept!), e uma recomendação de não pular tanto de médico em médico. Ora, mas isso é justamente o que eu pretendo fazer (até porque meu humilde bolso está sofrendo horrores com os honorários estratosféricos que esses caras cobram!).

Enfim, olha exames, históricos, faz exame clínico, e eis um pouco do que ouvimos:

- engordando um quilo e meio por mês, Felipe certamente NÃO tem a DOENÇA do refluxo. É muito provável que tenha refluxo fisiológico, aquele que a maioria dos bebês tem, decorrente da imaturidade de seu sistema digestivo, e que se resolve sozinho, com o tempo;

- Felipe é sim uma criança alérgica, pois já se notam alguns sinais de alergia em seu corpinho (uns vermelhinhos principalmente nas dobrinhas - pescoço e axilas). Mas NÃO NECESSARIAMENTE essa alergia é alimentar. Pode ser, simplesmente, reação do calor por exemplo, e isso só saberemos com o tempo;

- ela também não acredita que meu pequeno precise de todos os remédios que está tomando.

Por conta disso, a recomendação foi fazermos um teste: tirar toda a medicação que ele toma e observar as reações. Dar só um remedinho que tira a queimação (do tipo Mylanta) se ele se mostrar incomodado. E voltar lá na semana que vem com o resultado da experiência.

Claro que bateu um pânico: como assim, tirar os remédios que levaram quinze dias para fazer efeito??? Mas, considerando que notamos melhoras nos primeiros dias, mas depois parece que regredimos, achei que valia o teste.

Quanto à suposta alergia, ela pediu para manter a dieta como venho fazendo há alguns dias, sem leite e derivados (sufoco!). Uma mudança de cada vez. Mas sei lá, ela não me pareceu muito certa de que ele tenha APLV...

Resolvi fazer o teste por ela proposto e voltar lá em cinco dias. E depois disso, tenho uma decisão importantíssima a tomar: que médico "eleger". A grande dúvida, na verdade, está entre a primeira pediatra (que o acompanha desde que saiu da maternidade) ou a de ontem. Mas vamos aguardar a próxima consulta para resolvermos com base no resultado do teste e do que ela terá a dizer...

Outra decisão importante que temos pela frente: o que fazer com o pequeno quando do meu retorno ao trabalho. Falta pouco menos de três meses, mas passam voando! (já foram dois e meio!!!).

A primeira ideia era contratar uma babá, que ficaria com ele na casa da minha mãe. Esses dias entrevistei uma moça, muito simpática e disposta, mas que não tem lá extrema experiência. Tem filho e trabalha atualmente como babá folguista, mas nunca foi a babá do dia a dia. Fiquei meio insegura com isso, confesso... E além dela não encontrei mais ninguém para entrevistar (empregado doméstico está em extinção!). Teria que apelar para agências de emprego...

Pontos positivos da babá: ficaria na casa da minha mãe, então contaria com a supervisão dela diariamente; é alguém que estaria lá para se dedicar exclusivamente ao Felipe, sem dividir atenção com outras crianças; manteria o ambiente familiar que ele já está acostumado; ela poderia começar uns dois meses antes do meu retorno, fazendo com que ele se acostumasse também a ela e minimizando traumas quando eu começar a passar o dia todo fora.

Pontos negativos da babá: tumultuar a rotina da casa da minha mãe; necessidade de montar toda uma estrutura paralela por lá (para o baby dormir, para trocar fraldas, para tomar banho...), sensação de que essa estrutura, por mais bem feita que seja, será sempre um grande "improviso"; trabalheira do dia a dia pra mim, pois para aproveitar a babá e o fato de que seria responsabilidade dela cuidar de todas as coisas do pequeno, teria que fazer verdadeiras "mudanças" diariamente para a casa da minha mãe (por exemplo, levando e trazendo roupas para lavar e passar); maior dificuldade de se estabelecer a tão necessária rotina na vidinha dele; interferência dos "mimos" dos vovôs e das titias na criação dele.

A segunda opção é apelar para o berçário. Pesquisei quatro que gostei muito. Dois não tem vagas para janeiro, então nem fui conhecer. E fui essa semana visitar os outros dois. Gostei muito do primeiro, mas AMEEEEEI o segundo. Tanto tanto tanto que consegui enxergar meu pequeno brincando com as outras crianças naquele lugar.

Pontos positivos do berçário: a estrutura é fantástica; ele seria facilmente inserido numa rotina, tão importante para os pequeninos; fica a caminho do meu trabalho; estimularia o desenvolvimento motor e social dele logo cedo.

Pontos negativos do berçário: doencinhas, doencinhas, doencinhas!!! Fora o meu medo já presente de que, uma vez confirmada a alergia alimentar, a escola não conseguir lidar 100% bem com isso...

Sempre achei que seria uma decisão simples a se tomar. Mas, por Deus, como é difícil!!! Parece que todo o destino do mundo está nessa decisão! E, no fim, está, né? Todo o destino do MEU mundo!

O fato é que preciso resolver logo, BEEEM logo, para já acertar com a babá ou liberá-la de vez.

Papai do Céu... me dá sabedoria e discernimento, por favor!!!

2 comentários:

  1. Ai amiga... Que complexo!! Daqui a pouco serei eu a estar passando por essas decisões difíceis!!
    Tenho certeza que vc decidirá o melhor... Mas caso veja que o que decidiu não a agrada tanto, não haverá nenhum problema em trocar tudo no meio do caminho.
    Muitos beijos, Rê

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  2. Rê...eu nem deveria escrever sobre esse assunto. Pois fui a pessoa mais indecisa...Porém, tive coragem e voltei ao trabalho bem cedo...Imagine vc deixando AGORA o Lipe? Dói né! Arrependo-me do que fiz...deveria deixar o mundo girando lá fora e me concentrar mais aqui dentro, mas já foi.
    Eu sinto e leio que vc está bemmmm mais inclinada pelo berçário.
    Ficar na casa da sua mãe, sim, vai ser mais trabalhoso. Montei uma segunda casa pro Rafael na minha mãe. Berço, dobro de mamadeiras, esterelizador etc etc...E tinha que me planejar direitinho para sempre mandar a papinha salgada (que eu apesar de não gostar de cozinhar, sempre fiz questão de fazer, nunca deixando a cargo da empregada) e enviar as frutinhas. Além de roupas e acessórios. Todo dia era um check list enorme. Voltava e já arrumava a malinha pro dia seguinte, tirando roupa suja etc etc...e deixando td no esquema. outra coisa é que o bebê vai pegar TODOS os jeitos da babá, não tem como fujir. O bom que terá sua mãe por perto e isso não tem comparação.
    A gente subestima como nos sentiremos qdo chegar marcos importantes.
    Sempre pensei que fosse conseguir conciliar as duas coisas....mas não deu.
    Imaginar meu filho chamando minha mãe de mãe seria horrível.
    Acho que ele esperou essa semana para engatinhar para eu ter sido a primeira a ver...e me sinto muito grata por isso.
    Como vc mesmo disse, faça aquilo que seu coração mandar (eu sei que nesse momento ele manda coisas diversas e tantas outras inviáveis), mas no fundo você sabe sim aquilo que será o melhor. Lembrando sempre que o melhor nem sempre é o mais fácil e mais cômodo.
    Amiga, essa é uma dor que vem no pacote de ser mãe. Mas vc vai conseguir se decidir e precisamos acreditar que td dará certo. Adorei falar com vc ao telefone. Bjo grande

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