Nossa história

E tudo isso começou láááá atrás...
 
Era uma vez... dois jovens que se conheceram lá em 1997. Começaram a namorar, noivaram, e quase nove anos depois, em 08/04/2006, resolveram se casar!
 
Mas como esses jovens ainda eram jovens... rs... não pensaram em filhos de imediato. Queriam estudar mais um pouco, passear, viajar, curtir a independência daquele momento. E assim fizeram.
 
Em janeiro de 2010, depois de uma deliciosa viagem de férias, e já pensando que faltava "alguma coisa" na vida, resolveram permitir que a natureza agisse... era hora da família crescer!
 
Mas... as coisas não foram assim tão fáceis!
 
Um problema masculino já era conhecido desde sempre. Desde a adolescência, o Ri sabia ter varicoceles, e embora tenha operado e sempre acompanhado com urologista, um exame mais detalhado, feito cerca de seis meses após o início das tentativas, demonstrou que o espermograma estava prejudicado. Além disso, iniciadas as investigações, descobriu-se que, além do fator masculino que atrapalhava a concepção, tínhamos ainda uma questão feminina que também não ajudava em nada - uma possível baixa reserva ovariana.
 
Juntando todos esses fatores, e após consultar três médicos diferentes, fomos encorajados a encarar um tratamento para engravidar.
 
Em novembro de 2010 fizemos nossa primeira FIV. Foi um ciclo muito bem sucedido, transferimos dois embriões de boa qualidade e congelamos outros três. Na véspera do Natal de 2010, recebemos nosso primeiro negativo. Nosso primeiro de muitos "baldes de água fria".
 
Chorei muito, nos questionamos, nos lamentamos. Voltamos ao médico e ele pediu uma tonelada de exames complementares. Com esses resultados em mãos, descobrimos mais uma questão feminina: uma mutação trombofílica, que poderia vir a se tornar um problema. Traçamos estratégias, nos enchemos de coragem e partimos para nova tentativa.
 
Em fevereiro de 2011, transferimos nossos três embriõezinhos congelados. Passados alguns dias, fiz um beta e fui trabalhar. No meio do expediente, recebi a ligação do nosso querido Dr. Georges, nos parabenizando: estávamos grávidos! Que felicidade! Que tremedeira! Que confusão de sentimentos! Que vontade de sair gritando!!!
 
No dia seguinte já contamos para os familiares próximos. Depois de alguns dias fizemos um ultrassom e visualizamos saco gestacional e embrião. Aí, não nos contendo de ansiedade e alegria, contamos para família e amigos.
 
Mas a alegria durou pouco. Em 25/03/2011, ao realizar um ultrassom de acompanhamento, descobrimos que nosso bebezinho já não tinha mais vida. Nosso mundo caiu...
 
Fiz curetagem para poder examinar o embrião, em busca de respostas. Passamos nosso aniversário de cinco anos de casados no hospital. Feito o exame, descobrimos que era uma garotinha, e que tinha uma anomalia genética incompatível com a vida (trissomia do cromossomo 16). Anomalia esta bem comum, uma das maiores causas de perda no primeiro trimestre. Caímos nas estatísticas...
 
Esperamos um ciclo para recuperação física e emocional e em junho recomeçamos. Nova FIV, a segunda. Dessa vez chegamos ao fim do processo com sete bons embriões. Fizemos nova transferência de embriões, a terceira. Dois excelentes embriões de quinto dia, chances altíssimas!
 
Novo beta realizado, e novo resultado positivo! Um número alto. Já pensávamos em gêmeos!
 
Repeti o beta por conta própria poucos dias depois. Fiquei um tanto aflita, achei que não tinha aumentando o quanto deveria. O médico me tranquilizou e esperei.
 
Mais alguns dias se passaram, era a semana do primeiro ultrassom. Mas eu sabia que havia algo bem errado. Repeti o beta, e o resultado mostrou que não havia mais bebê.
 
Novo baque. Novas dúvidas e incertezas. Novos medos.
 
Mas tínhamos congelados e precisávamos seguir em frente! Em  agosto de 2011, lá fomos nós mais uma vez. Nova transferência, de mais dois ótimos embriões. Resultado: negativo!
 
E já em setembro emendamos mais uma tentativa: os três últimos embriões do segundo ciclo. E recebemos mais um negativo.
 
Nessa altura, a frustração e a dor já eram enormes, e o medo de nunca dar certo, também. Os recursos financeiros começaram a ficar escassos. A energia e a força começaram a titubear.
 
Resolvemos encarar mais uma tentativa, em novembro de 2011, tentando tudo o que a ciência nos oferecesse.
 
Foi um ciclo diferente. Menos óvulos, menos embriões desde o começo. Chegamos ao quinto dia pós fertilização com quatro embriões. Com isso, optamos por fazer CGH, análise genética do embrião para verificar se possuem alguma anomalia.
 
Foi feita a biópia em cada um dos embriõezinhos. O resultado sairia no dia seguinte, quando deveríamos já estar na clínica, prontos para a imediata transferência, se houvesse embriões saudáveis. Loteria. Incerteza absoluta!
 
Chegamos na clínica no sexto dia, uma terça-feira. Lá passamos a manhã toda esperando o resultado do exame. Até que nosso querido doutor chega com um largo sorriso e nos confidencia: eles estavam lá nos esperando! Um casalzinho! Dois embriões aprovados!
 
Nos abraçamos e choramos... muito... agradecendo por essa primeira etapa. E transferimos nosso casalzinho para o melhor lugar onde eles poderiam ficar. Fizemos essa transferência com sedação e utilizamos medicação profilática, tudo para aumentar as chances.
 
No dia do beta, ansiedade a um milhão. Medo. Angustia. Esperança.
 
Fim de tarde, telefone toca. Ligação do médico: positivo! O ar entra nos pulmões!!! Beta 50,53. O ar foge novamente. Valor baixo, bem baixo. Mais 48 horas de angústia até poder repetir o exame e esperar novo resultado, determinante. Tinha que subir, pelo menos 60%.
 
Repetido o exame, tremedeira geral até consultar o novo resultado: 141,47! Havia vida! Havia esperança!
 
E em 15/12/2011, fizemos nosso primeiro ultrassom, com 6 semanas e 1 dia de gestação, e vimos o coraçãozinho do nosso bebê finalmente bater forte!
 
Havíamos transferido um embrião do sexo feminino, de altíssima qualidade, e um embrião do sexo masculino, de qualidade inferior. Engravidamos de um bebê. As estatísticas indicavam que seria a menina. Mas, não. Contrariando todas as expectativas e probabilidades, foi nosso garotão, nosso guerreiro, nosso Felipe, quem bravamente lutou pela vida.
 
A gravidez transcorreu sem maiores problemas, fora os medos constantes da mamãe traumatizada. E em 24/07/2012, demos à luz Felipe. A luz das nossas vidas!!!
 
 
 
E... eis que a vida foi passando conforme narram as páginas desta história. Cada post retrata um pouquinho da chegada e do dia a dia com Felipe.
 
Até que, em março de 2014, no exato dia que nosso menino completava 1 ano e 8 meses, descubro uma nova gravidez! No susto, sem tratamento, sem esperar!... Sem nem tanta história pra contar... rs! Só com sentimentos, muitos, de todos os tipos, para viver.
 
Susto. Medo. Expectativa. Ansiedade. Surpresa. ALEGRIA. AMOR.
 
Seríamos pais novamente! Felipe teria um irmãozinho.
 
Irmãozinho esse que logo se mostrou... uma IRMÃZINHA! Era nossa Marina a caminho.
 
E assim Papai do Céu cumpriu sua promessa. Nos deu aquele casalzinho com o qual sonhamos lá no dia da transferência dos dois embriões aprovados pelo CGH. Nos mandou, com alguns meses de atraso (mas no Seu tempo!) a menina com quem o Ri sonhou lá em 2009, e que nos despertou o desejo da maternidade/paternidade. Nos mandou também a menina que, no fundo, sempre sentíamos que teríamos.
 
E chegou Marina, nossa Nina, em 11/11/2014.
 
Para encher nossos dias de ainda mais luz e tornar completa nossa família.
 
Para que, assim, possamos buscar o nosso "felizes para sempre"!!!
 
<3 <3 <3 <3
 

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