segunda-feira, 22 de junho de 2015

Introdução alimentar: da água ao vinho em vinte e poucos meses...

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Pois é... Por aqui continuamos tendo lições diárias daquilo que as pessoas não se cansam de repetir: como um filho pode ser TÃO diferente do outro!!!
 
A primeira grande lição neste sentido veio com a Nina recém-nascida: bebê calminha, tranquila, chorou pouquíssimas vezes, dormia durante o dia, serena... Tudo o que o Lipe NÃO era na mesma fase. E ficamos felizes e exultantes de, felizmente, poder viver uma experiência calma com recém-nascido, uma vez que os primeiros meses do Lipe me deixaram assustada e meio traumatizada... rs!
 
Outra grande diferença veio com as doencinhas. O Felipe teve sua primeira doencinha com mais de um ano. Já a Nina, com um mês de vida, pegou um resfriado que o irmão trouxe da escola. Nos deixou bem apreensivos e rendeu visitas extras ao pediatra e até aquela visita cheia de medo ao pronto-socorro-antro-dos-mais-diversos-vírus... Aos três meses, mais um resfriado. E um medo gigante de como seria com seu ingresso na escolinha, aos quatro meses e meio.
 
Pois aqui, uma surpresa boa, e mais uma diferença: enquanto Felipe, no quarto dia de aula (com 1a5m) já chegou doentinho e teve que faltar uma semana, ela enfrentou super bem o começo da escolinha. Iniciamos a adaptação em meados de março e só no início de junho tivemos a primeira doencinha chata pós-escola: uma virose que veio bem fraquinha, mas rendeu alguns sucessivos episódios de vômito, um ligeiro desarranjo intestinal e outra visitinha ao PS para tomar soro.
 
Mas o tema da prosa hoje é outro, e aqui uma diferença que eu não esperava enfrentar, e algo do qual, sem modéstia, sempre me gabei muito com o Felipe: “meu filho come bem, come de tudo, não recusa nada!”.
 
Então... infelizmente, com a Nina, estou vivendo o reverso da medalha!...
 
A bichinha simplesmente NÃO COMEEEEE! Aceita bem as frutas, mas basta oferecer uma papinha “salgada” para ela travar a boca, fazer escândalo, chorar.
 
Iniciamos as papas assim que ela completou seis meses. Na verdade, ela fez seis meses dia 11/05/15, uma segunda-feira, e eu deliberadamente esperei até o sábado seguinte para oferecer a primeira sopinha, pois queria ser eu a fazer isso. É possível, assim, imaginar o tamanho da minha frustração! Enquanto o Lipe abriu o bocão desde sempre pra tudo, e devorava o potinho, ela se limitou à pontinha da primeira colher. Sentiu o gosto, fez careta, teve ânsia de vômito e, acabou por ali.
 
E estamos nessa pegada há um mês e meio. E NADA de melhoras nesse sentido. Fiz dois panelões de papinha e congelei, conforme indicava a Dra. Clarice (pediatra da época do Lipe), e como fizemos em toda a fase de papinhas dele. No way. Pensei: “bom, ela não deve curtir a comidinha congelada, vamos fazer tudo fresquinho”. Fiz assim, escolhendo os ingredientes mais gostosos e adocicados. Não rolou. Pesquisei na internet tudo sobre papinhas e tentei as mais diversas formas e combinações. O fato é que E-L-A-N-Ã-O-C-O-M-E! Ou melhor: ela não come COMIGO. Porque na escola, ainda que com uma certa insistência, ela come.
 
Claro que eu duvidei disso, né? Aí truquei a escola: falei que queria vê-la comendo, que não era possível, perguntei como a papinha era feita, amassada, qual a consistência, textura, como davam, onde davam... Não descobri nada significativo, exceto que a escola nessa fase passa a papinha na peneira (mesmo eu falando que era apenas para amassar no garfo! Humpf...). E eles me mandaram um vídeo dela comendo. Dois minutos de gravação e diversas colheradas “goela abaixo”. Em casa, é uma hora de “luta” para duas colheres forçadas e cuspidas. Bem assim.
 
Abri mão das minhas “filosofias” e passei a papinha na peneira, no mixer... e nada! Ofereci papinha no cadeirão, no colo, no chão, no carrinho, andando pela casa. Com brinquedo, sem brinquedo, com TV, com aplicativo de musiquinha no tablet. Comecei a intercalar: duas colheres de frutinha – que a safada abre o bocão com prazer! – e uma de sopa – que ela cospe e abre o berreiro chorar. Aí me falaram para não fazer mais isso: ela não vai aprender a comer e ainda vai passar a recusar a fruta. Tem sentido, parei. E desde então, nada de papinha aos finais de semana e feriados.
 
Para ser justa, uma vez a vi comer umas oito ou dez pequenas colheradas: nesse último sábado, numa festinha que estávamos. Fui dar o jantar lá e a madrinha dela estava junto. Pois começou a luta, e ela começou a distrair a pequena (como habitualmente fazemos). Mas com a madrinha surtiu algum efeito: aceitou algumas colheradas, até o ponto em que travou a boca em definitivo e nem sorria mais, sabendo que eu aproveitaria esse “descuido” para mandar pra dentro mais uma pequena porçãozinha...
 
Hoje temos consulta com uma nutricionista especializada em alimentação infantil. Vamos ver o que ela nos orienta, porque, confesso: estou perdida, sem saber o que fazer! Só tenho uma certeza: estava absolutamente errada quando ficava toda “inflada” achando que EU era a responsável pelo Lipe comer tão bem. Eu só fiz com ele minha obrigação, oferecendo alimentos variados e saudáveis. Todo o resto, é característica e mérito exclusivos dele...
 
Enquanto isso, vou caprichando nas frutas, oferecendo aos finais de semana principalmente aquelas que oferecem maior saciedade: banana, manga, abacate... Ela aceita todas muito bem. Só não é fã dos sucos, mas como essa é uma questão bem controvertida, com isso não me preocupo muito. E muito, mas muuuuito leite materno, porque isso a bichinha não abre mão! Durante a semana toma mamadeira com leite artificial na escola, e leitinho da mamãe de manhã e à noite. Mas não venha a mamãe oferecer mamadeira, porque ela sabe o que quer – e o que não quer.
 
Uma coisa é certa: essa mocinha já mostrou que tem uma personalidade MUITO da forte, e que não gosta de ser contrariada. Ai, ai, ai...
 
 
Filhota, a mamãe anda bem nervosa com as suas negativas com relação à alimentação. Você está crescendo e já precisa de outros nutrientes, de outros sabores, de outros alimentos. Nosso tempo juntas é super escasso e ainda assim a mamãe faz questão de se dedicar ao máximo para oferecer pra você uma alimentação natural, saudável e de qualidade. Espero que logo você entenda isso e aprenda a comer. E que se inspire no seu irmão! Porque, de verdade, acredito muito que uma das maiores heranças que posso deixar a vocês é saber comer, porque isso vai refletir diretamente na saúde de vocês ao longo de suas vidas. E eu só quero o melhor pra vcs, meus amores!...
INICIADA A CAMPANHA #COMANINA!!!!!! :-)
 

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Atualizando!

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Tenho feito dezenas, centenas, de notas mentais, de tudo o que preciso escrever aqui no blog. Tanta coisa acontecendo e eu não conseguindo registrar, isso me consome, o medo de perder essas memórias no tempo é muito ruim!
Mas a vida de mãe de dois não é mole não, e com a chegada da introdução alimentar da Nina, tudo ficou ainda mais corrido. Até uma rápida ida ao varejão é uma maratona e um desafio!
Nossa rotina segue estruturada e cronometrada. Durante a semana, acordo às 05h45, tomo banho, separo minha roupa e as roupas das crianças. Tomo um leite rapidinho, pego a mamadeira do Felipe (sim, ele ainda usa mamadeira, se eu arranjar tempo farei um post específico sobre isso!). Acordo o Ri, que vai se arrumar; acordo o Lipe e dou o tetê. O Ri arruma o Lipe e eu acordo a Nina e dou mamar. Troco ela, me visto, terminamos de nos arrumar, e saímos de casa todos juntos – quase duas horas depois!!!
O Ri os busca na escola às 17h30, vai prá casa e adianta o banho do Felipe – a Nina fica assistindo da cadeirinha. Como já tem feito muito frio e ela toma banho na escola no fim da tarde, não tenho dado outro. Chego em casa um pouco antes das 19h, dou mamar pra pequena, improviso nosso jantar. Comemos, brinco um pouco com eles enquanto o Ri ajeita a cozinha, arrumo as malas do dia seguinte e iniciamos o ritual da noite, entre 21h/21h30: mamadeira pro Felipe, escovar dentes, deitar na cama da mamãe com o papai, enquanto dou mamar pra Nina. Normalmente a pequena já sai capotada do peito, espero arrotar e berço. E nesse meio tempo, normalmente o Lipe dormiu também, aí levamos prá caminha dele.
Promovemos ajustes no ritual da noite, principalmente concentrando todos no meu quarto (Lipe já adormecia na cama dele antes), mas foi algo natural e que facilitou muito nossa vida com os dois. Quando a Nina estiver maiorzinha, pretendo transferir novamente o ritual do sono para o quartinho deles.
Um pouco do que temos vivido aqui, com cada um deles:
Lipe
Está com 2 anos de 10 meses. Ainda temos vários episódios de “terrible twos” por aqui, e nesses momentos ele se joga no chão, grita, joga longe o que estiver al alcance da mão, bate na gente. Tem momentos que eu me estresso muito e, dependendo do grau do chilique, até – confesso – dou um tapa no bumbum. Mas normalmente tento me controlar, falo que ele está fazendo algo feio e que vamos conversar quando ele se acalmar. Espero um pouco, chego perto de novo e inicio a “terapia do abraço”: digo que vou abraça-lo para ele se acalmar e fazermos as pazes. Abraço apertado, ele sempre começa se debatendo, tentando se desvencilhar, vai cedendo, ficando mais calmo (normalmente está chorando e nessa hora vai parando...), até que retribui o abraço. Ficamos assim coladinhos uns minutos, pergunto se ele está mais calmo, peço para pedir desculpas pelo comportamento feio. Às vezes pede, às vezes não. É o que tem trazido mais sucesso aqui nas crises de birra.
Apesar desses episódios, é uma criança muito doce, alegre, amorosa e carinhosa. Faz carinho, cafuné, diz que ama, dá beijo inesperado. Delícia de mocinho!
Não dá trabalho nenhum para tomar remédio – ou “merrédio”, como ele diz. Pelo contrário, como via de regra eles são docinhos, ele adora!
Por falar em docinho, descobriu o mundo dos doces. Não pode ver chocolate ou bolo que logo quer. Para ao lado de quem tem, abre a boca eu solta logo um “quero comê”, ou “eu quero!” (sim, agora é tudo assim, “quero”, e não “qué”... Se bem que tão usado quanto o “quero” é o “NÃO quero”!).
Apesar do gosto por doces, continua comendo MUITO bem e de tudo. Tem uma dieta bem saudável, ama frutas de paixão, janta na escola e janta de novo em casa conosco.
Conta até 50 sem dificuldade e identifica os numerais até a casa dos 20. Continua amando letras.
Tem aulinha de inglês na escola. Esses dias chegou um bilhete da professora, dizendo que estava orgulhosa dele, pois ele a chamou no meio da aula só para dizer “Hello, teacher!”. Aí dois dias depois estávamos na sala de casa, ele pega uma malinha que achou por lá, coloca sobre os ombros, vira pra mim e fala: “bye, bye, mamãe!”...
Descobriu o mundo encantado do Mickey e da Disney! Quer assistir aos desenhos da Casa do Mickey todo santo dia, sabe de cor todas as falas, faz a dancinha no final (coisa mais linda!). Dá tchau pro Mickey quando o desenho termina e, claro, pede outro. Confesso que ajuda muito quando estou sozinha com os dois e preciso fazer algo, como cozinhar, por exemplo. E que agora estamos com motivação extra para programar nossa viagem em família à Disney!!!
Tem elaborado frases cada vez mais complexas, o que me deixa derretida de orgulho e de amor.
Me surpreendeu esses dias virando cambalhota na minha frente, e caindo na gargalhada. Medrosa como sou, quase morri de susto!
É muito ativo e está cada dia mais “moleque”: corre, gira, pula, e leva muitos tombos também, para o desespero da mãe!
Com exceção dos meus dias de internação no parto da Nina, dormiu a primeira noite fora de casa, em 04/06/15, na casa da vovó Shirley, porque tivemos que ir com a Nina para o hospital... Ficou super bem e nem sentiu falta da mamãe!
Continua com ciúmes da irmãzinha, mas percebemos que o encantamento por ela só cresce! Ela, que está a cada dia mais engraçadinha, distribuindo sons e sorrisos, que se arrasta até ele para tocá-lo, que tenta pegar os brinquedos das mãos dele, parece estar sendo vista por ele, finalmente, como uma amiguinha, e não uma “coisa” que só dorme, chora e rouba o colo da mãe. Constantemente vira pra ela e, do nada, solta um: “olá, imãzinha... você é liiiinda!”. Lindo demais de se ver! <3
Nina
Hoje completa sete (sete!!!) meses. O que está acontecendo com o tempo, alguém me diz? Andam adiantando os relógios? Cadê minha bebezinhaaaaa???
Iniciou suquinhos e frutas com cinco meses. Sucos não aceitou muito bem, frutas comeu melhor. Com seis, iniciamos as papas salgadas. Não aceita, para desespero da mãe! Quase um mês nessa luta e ela simplesmente NÃO COME em casa! Na escolinha vai melhor, alguns dias rejeita, em outros come um pouco, em outros come bem. Nos dias que não come, voltou a acordar na madrugada para mamar, claro, pois só o leite está começando a não sustentar mais. Tivemos feriado semana passada e ela passou quatro dias só a fruta e leite. Temos nutricionista infantil marcada para discutir essa dificuldade, que é absolutamente nova pra mim!
No último feriado, semana passada, pegou sua primeira doencinha de escola: uma virose. Graças a Deus foi leve, mas nos assustou, pois em questão de três horas ela vomitou umas quatro ou cinco vezes. Pediatra pediu para ir ao PS por conta do risco de desidratação. Ficou tomando soro e Dramin na veia até de madrugada, depois disso melhorou e não vomitou mais. Nem chorou na hora de pegar o acesso à veia, tão boazinha que é. Só deu alguns resmungos sentidos no meio do procedimento... :’-(
Está num treino acirrado para engatinhar, e, meio que se arrastando, já sai do lugar. Faz o movimento certinho com as pernas, mas o joelhinho escorrega e ela ainda não tem força suficiente para deixar o corpinho suspenso. Mas, ao seu jeito, já vai para onde quer, seja se arrastando num projeto de engatinhada, seja sentadinha “pulando” com o bumbum!
Descobriu que consegue se colocar de pé sozinha no berço. Se arrasta até o bichinho que toca música e fica pendurado na grade, e se ergue através dele até o alto da grade. Aí faz força e se põe de pé, com a cara de arteira mais gostosa desse mundo!
Está com quatro dentinhos, dois em cima e dois embaixo. Os de baixo nasceram com dois meses e meio, e os de cima, pouco antes de completar seis meses.
Fica super bem na escolinha, brinca, participa das atividades, come e toma mamadeira melhor do que em casa.
A vovó Su ensinou a bater palminhas quando canta “bate palminha, prá ganhar papinha”. É só começar a cantar perto dela que abre o sorrisão, junta as mãozinhas e começa a agitá-las, num treino para efetivamente bater palminhas de verdade. Ou então bate com uma mãozinha só, no que tiver pela frente (a perna dela, nossa mão, o carrinho, um brinquedo).
Tem verdadeira adoração pelo irmãozinho! É só ele passar ao lado dela que já para o que está fazendo e fica com os olhinhos vidrados nele, e com um sorriso delicioso estampado no rosto. Se ele parar e fizer uma gracinha com ela, então... ganha o dia! Chega a bater os bracinhos e chacoalhar o corpo todo, tamanha a alegria da bichinha. E nós que ficamos olhando de camarote, morremos de amor duas vezes!!!
Meus tesouros, que fase mais linda estamos vivendo com vocês em casa! Chega a ser surreal pensar que ainda tem tudo pra melhorar, conforme vocês crescerem mais, e se tornarem mais amigos e companheiros.
Rezamos muito por isso, para que vocês cresçam com a certeza cada vez maior de que o amor entre vocês é puro, real e inabalável!
Mamãe e papai não tem dúvidas de que somos demais de abençoados por ter vocês em nossas vidas!!!