Tenho feito dezenas, centenas, de notas
mentais, de tudo o que preciso escrever aqui no blog. Tanta coisa acontecendo e
eu não conseguindo registrar, isso me consome, o medo de perder essas memórias
no tempo é muito ruim!
Mas a vida de mãe de dois não é mole
não, e com a chegada da introdução alimentar da Nina, tudo ficou ainda mais
corrido. Até uma rápida ida ao varejão é uma maratona e um desafio!
Nossa rotina segue estruturada e
cronometrada. Durante a semana, acordo às 05h45, tomo banho, separo minha roupa
e as roupas das crianças. Tomo um leite rapidinho, pego a mamadeira do Felipe
(sim, ele ainda usa mamadeira, se eu arranjar tempo farei um post específico
sobre isso!). Acordo o Ri, que vai se arrumar; acordo o Lipe e dou o tetê. O Ri
arruma o Lipe e eu acordo a Nina e dou mamar. Troco ela, me visto, terminamos
de nos arrumar, e saímos de casa todos juntos – quase duas horas depois!!!
O Ri os busca na escola às 17h30, vai
prá casa e adianta o banho do Felipe – a Nina fica assistindo da cadeirinha.
Como já tem feito muito frio e ela toma banho na escola no fim da tarde, não
tenho dado outro. Chego em casa um pouco antes das 19h, dou mamar pra pequena,
improviso nosso jantar. Comemos, brinco um pouco com eles enquanto o Ri ajeita
a cozinha, arrumo as malas do dia seguinte e iniciamos o ritual da noite, entre
21h/21h30: mamadeira pro Felipe, escovar dentes, deitar na cama da mamãe com o
papai, enquanto dou mamar pra Nina. Normalmente a pequena já sai capotada do
peito, espero arrotar e berço. E nesse meio tempo, normalmente o Lipe dormiu
também, aí levamos prá caminha dele.
Promovemos ajustes no ritual da noite,
principalmente concentrando todos no meu quarto (Lipe já adormecia na cama dele
antes), mas foi algo natural e que facilitou muito nossa vida com os dois.
Quando a Nina estiver maiorzinha, pretendo transferir novamente o ritual do
sono para o quartinho deles.
Um pouco do que temos vivido aqui, com
cada um deles:
Lipe
Está com 2 anos de 10 meses. Ainda temos
vários episódios de “terrible twos” por aqui, e nesses momentos ele se joga no
chão, grita, joga longe o que estiver al alcance da mão, bate na gente. Tem
momentos que eu me estresso muito e, dependendo do grau do chilique, até –
confesso – dou um tapa no bumbum. Mas normalmente tento me controlar, falo que
ele está fazendo algo feio e que vamos conversar quando ele se acalmar. Espero
um pouco, chego perto de novo e inicio a “terapia do abraço”: digo que vou
abraça-lo para ele se acalmar e fazermos as pazes. Abraço apertado, ele sempre
começa se debatendo, tentando se desvencilhar, vai cedendo, ficando mais calmo
(normalmente está chorando e nessa hora vai parando...), até que retribui o
abraço. Ficamos assim coladinhos uns minutos, pergunto se ele está mais calmo,
peço para pedir desculpas pelo comportamento feio. Às vezes pede, às vezes não.
É o que tem trazido mais sucesso aqui nas crises de birra.
Apesar desses episódios, é uma criança
muito doce, alegre, amorosa e carinhosa. Faz carinho, cafuné, diz que ama, dá
beijo inesperado. Delícia de mocinho!
Não dá trabalho nenhum para tomar
remédio – ou “merrédio”, como ele diz. Pelo contrário, como via de regra eles
são docinhos, ele adora!
Por falar em docinho, descobriu o mundo
dos doces. Não pode ver chocolate ou bolo que logo quer. Para ao lado de quem
tem, abre a boca eu solta logo um “quero comê”, ou “eu quero!” (sim, agora é
tudo assim, “quero”, e não “qué”... Se bem que tão usado quanto o “quero” é o
“NÃO quero”!).
Apesar do gosto por doces, continua
comendo MUITO bem e de tudo. Tem uma dieta bem saudável, ama frutas de paixão,
janta na escola e janta de novo em casa conosco.
Conta até 50 sem dificuldade e
identifica os numerais até a casa dos 20. Continua amando letras.
Tem aulinha de inglês na escola. Esses
dias chegou um bilhete da professora, dizendo que estava orgulhosa dele, pois
ele a chamou no meio da aula só para dizer “Hello, teacher!”. Aí dois dias
depois estávamos na sala de casa, ele pega uma malinha que achou por lá, coloca
sobre os ombros, vira pra mim e fala: “bye, bye, mamãe!”...
Descobriu o mundo encantado do Mickey e
da Disney! Quer assistir aos desenhos da Casa do Mickey todo santo dia, sabe de
cor todas as falas, faz a dancinha no final (coisa mais linda!). Dá tchau pro
Mickey quando o desenho termina e, claro, pede outro. Confesso que ajuda muito
quando estou sozinha com os dois e preciso fazer algo, como cozinhar, por
exemplo. E que agora estamos com motivação extra para programar nossa viagem em
família à Disney!!!
Tem elaborado frases cada vez mais
complexas, o que me deixa derretida de orgulho e de amor.
Me surpreendeu esses dias virando
cambalhota na minha frente, e caindo na gargalhada. Medrosa como sou, quase
morri de susto!
É muito ativo e está cada dia mais
“moleque”: corre, gira, pula, e leva muitos tombos também, para o desespero da
mãe!
Com exceção dos meus dias de internação
no parto da Nina, dormiu a primeira noite fora de casa, em 04/06/15, na casa da
vovó Shirley, porque tivemos que ir com a Nina para o hospital... Ficou super
bem e nem sentiu falta da mamãe!
Continua com ciúmes da irmãzinha, mas
percebemos que o encantamento por ela só cresce! Ela, que está a cada dia mais
engraçadinha, distribuindo sons e sorrisos, que se arrasta até ele para
tocá-lo, que tenta pegar os brinquedos das mãos dele, parece estar sendo vista
por ele, finalmente, como uma amiguinha, e não uma “coisa” que só dorme, chora
e rouba o colo da mãe. Constantemente vira pra ela e, do nada, solta um: “olá, imãzinha... você é liiiinda!”. Lindo
demais de se ver! <3
Nina
Hoje completa sete (sete!!!) meses. O que
está acontecendo com o tempo, alguém me diz? Andam adiantando os relógios? Cadê
minha bebezinhaaaaa???
Iniciou suquinhos e frutas com cinco
meses. Sucos não aceitou muito bem, frutas comeu melhor. Com seis, iniciamos as
papas salgadas. Não aceita, para desespero da mãe! Quase um mês nessa luta e
ela simplesmente NÃO COME em casa! Na escolinha vai melhor, alguns dias
rejeita, em outros come um pouco, em outros come bem. Nos dias que não come,
voltou a acordar na madrugada para mamar, claro, pois só o leite está começando
a não sustentar mais. Tivemos feriado semana passada e ela passou quatro dias
só a fruta e leite. Temos nutricionista infantil marcada para discutir essa
dificuldade, que é absolutamente nova pra mim!
No último feriado, semana passada, pegou
sua primeira doencinha de escola: uma virose. Graças a Deus foi leve, mas nos
assustou, pois em questão de três horas ela vomitou umas quatro ou cinco vezes.
Pediatra pediu para ir ao PS por conta do risco de desidratação. Ficou tomando
soro e Dramin na veia até de madrugada, depois disso melhorou e não vomitou
mais. Nem chorou na hora de pegar o acesso à veia, tão boazinha que é. Só deu
alguns resmungos sentidos no meio do procedimento... :’-(
Está num treino acirrado para
engatinhar, e, meio que se arrastando, já sai do lugar. Faz o movimento
certinho com as pernas, mas o joelhinho escorrega e ela ainda não tem força
suficiente para deixar o corpinho suspenso. Mas, ao seu jeito, já vai para onde
quer, seja se arrastando num projeto de engatinhada, seja sentadinha “pulando”
com o bumbum!
Descobriu que consegue se colocar de pé
sozinha no berço. Se arrasta até o bichinho que toca música e fica pendurado na
grade, e se ergue através dele até o alto da grade. Aí faz força e se põe de
pé, com a cara de arteira mais gostosa desse mundo!
Está com quatro dentinhos, dois em cima
e dois embaixo. Os de baixo nasceram com dois meses e meio, e os de cima, pouco
antes de completar seis meses.
Fica super bem na escolinha, brinca, participa
das atividades, come e toma mamadeira melhor do que em casa.
A vovó Su ensinou a bater palminhas
quando canta “bate palminha, prá ganhar papinha”. É só começar a cantar perto
dela que abre o sorrisão, junta as mãozinhas e começa a agitá-las, num treino
para efetivamente bater palminhas de verdade. Ou então bate com uma mãozinha
só, no que tiver pela frente (a perna dela, nossa mão, o carrinho, um
brinquedo).
Tem verdadeira adoração pelo irmãozinho!
É só ele passar ao lado dela que já para o que está fazendo e fica com os
olhinhos vidrados nele, e com um sorriso delicioso estampado no rosto. Se ele
parar e fizer uma gracinha com ela, então... ganha o dia! Chega a bater os
bracinhos e chacoalhar o corpo todo, tamanha a alegria da bichinha. E nós que
ficamos olhando de camarote, morremos de amor duas vezes!!!
Meus
tesouros, que fase mais linda estamos vivendo com vocês em casa! Chega a ser
surreal pensar que ainda tem tudo pra melhorar, conforme vocês crescerem mais, e
se tornarem mais amigos e companheiros.
Rezamos
muito por isso, para que vocês cresçam com a certeza cada vez maior de que o
amor entre vocês é puro, real e inabalável!
Mamãe
e papai não tem dúvidas de que somos demais de abençoados por ter vocês em
nossas vidas!!!