Pois
é... Por aqui continuamos tendo lições diárias daquilo que as pessoas não se
cansam de repetir: como um filho pode ser TÃO diferente do outro!!!
A
primeira grande lição neste sentido veio com a Nina recém-nascida: bebê
calminha, tranquila, chorou pouquíssimas vezes, dormia durante o dia, serena...
Tudo o que o Lipe NÃO era na mesma fase. E ficamos felizes e exultantes de,
felizmente, poder viver uma experiência calma com recém-nascido, uma vez que os
primeiros meses do Lipe me deixaram assustada e meio traumatizada... rs!
Outra
grande diferença veio com as doencinhas. O Felipe teve sua primeira doencinha
com mais de um ano. Já a Nina, com um mês de vida, pegou um resfriado que o
irmão trouxe da escola. Nos deixou bem apreensivos e rendeu visitas extras ao
pediatra e até aquela visita cheia de medo ao
pronto-socorro-antro-dos-mais-diversos-vírus... Aos três meses, mais um
resfriado. E um medo gigante de como seria com seu ingresso na escolinha, aos
quatro meses e meio.
Pois
aqui, uma surpresa boa, e mais uma diferença: enquanto Felipe, no quarto dia de
aula (com 1a5m) já chegou doentinho e teve que faltar uma semana, ela enfrentou
super bem o começo da escolinha. Iniciamos a adaptação em meados de março e só
no início de junho tivemos a primeira doencinha chata pós-escola: uma virose
que veio bem fraquinha, mas rendeu alguns sucessivos episódios de vômito, um
ligeiro desarranjo intestinal e outra visitinha ao PS para tomar soro.
Mas
o tema da prosa hoje é outro, e aqui uma diferença que eu não esperava
enfrentar, e algo do qual, sem modéstia, sempre me gabei muito com o Felipe:
“meu filho come bem, come de tudo, não recusa nada!”.
Então...
infelizmente, com a Nina, estou vivendo o reverso da medalha!...
A
bichinha simplesmente NÃO COMEEEEE! Aceita bem as frutas, mas basta oferecer
uma papinha “salgada” para ela travar a boca, fazer escândalo, chorar.
Iniciamos
as papas assim que ela completou seis meses. Na verdade, ela fez seis meses dia
11/05/15, uma segunda-feira, e eu deliberadamente esperei até o sábado seguinte
para oferecer a primeira sopinha, pois queria ser eu a fazer isso. É possível,
assim, imaginar o tamanho da minha frustração! Enquanto o Lipe abriu o bocão
desde sempre pra tudo, e devorava o potinho, ela se limitou à pontinha da
primeira colher. Sentiu o gosto, fez careta, teve ânsia de vômito e, acabou por
ali.
E
estamos nessa pegada há um mês e meio. E NADA de melhoras nesse sentido. Fiz
dois panelões de papinha e congelei, conforme indicava a Dra. Clarice (pediatra
da época do Lipe), e como fizemos em toda a fase de papinhas dele. No way.
Pensei: “bom, ela não deve curtir a comidinha congelada, vamos fazer tudo
fresquinho”. Fiz assim, escolhendo os ingredientes mais gostosos e adocicados.
Não rolou. Pesquisei na internet tudo sobre papinhas e tentei as mais diversas
formas e combinações. O fato é que E-L-A-N-Ã-O-C-O-M-E! Ou melhor: ela não come
COMIGO. Porque na escola, ainda que com uma certa insistência, ela come.
Claro
que eu duvidei disso, né? Aí truquei a escola: falei que queria vê-la comendo,
que não era possível, perguntei como a papinha era feita, amassada, qual a
consistência, textura, como davam, onde davam... Não descobri nada
significativo, exceto que a escola nessa fase passa a papinha na peneira (mesmo
eu falando que era apenas para amassar no garfo! Humpf...). E eles me mandaram
um vídeo dela comendo. Dois minutos de gravação e diversas colheradas “goela
abaixo”. Em casa, é uma hora de “luta” para duas colheres forçadas e cuspidas.
Bem assim.
Abri
mão das minhas “filosofias” e passei a papinha na peneira, no mixer... e nada! Ofereci
papinha no cadeirão, no colo, no chão, no carrinho, andando pela casa. Com
brinquedo, sem brinquedo, com TV, com aplicativo de musiquinha no tablet. Comecei
a intercalar: duas colheres de frutinha – que a safada abre o bocão com prazer!
– e uma de sopa – que ela cospe e abre o berreiro chorar. Aí me falaram para
não fazer mais isso: ela não vai aprender a comer e ainda vai passar a recusar
a fruta. Tem sentido, parei. E desde então, nada de papinha aos finais de
semana e feriados.
Para
ser justa, uma vez a vi comer umas oito ou dez pequenas colheradas: nesse
último sábado, numa festinha que estávamos. Fui dar o jantar lá e a madrinha
dela estava junto. Pois começou a luta, e ela começou a distrair a pequena
(como habitualmente fazemos). Mas com a madrinha surtiu algum efeito: aceitou
algumas colheradas, até o ponto em que travou a boca em definitivo e nem sorria
mais, sabendo que eu aproveitaria esse “descuido” para mandar pra dentro mais
uma pequena porçãozinha...
Hoje
temos consulta com uma nutricionista especializada em alimentação infantil.
Vamos ver o que ela nos orienta, porque, confesso: estou perdida, sem saber o
que fazer! Só tenho uma certeza: estava absolutamente errada quando ficava toda
“inflada” achando que EU era a responsável pelo Lipe comer tão bem. Eu só fiz
com ele minha obrigação, oferecendo alimentos variados e saudáveis. Todo o
resto, é característica e mérito exclusivos dele...
Enquanto
isso, vou caprichando nas frutas, oferecendo aos finais de semana
principalmente aquelas que oferecem maior saciedade: banana, manga, abacate...
Ela aceita todas muito bem. Só não é fã dos sucos, mas como essa é uma questão
bem controvertida, com isso não me preocupo muito. E muito, mas muuuuito leite
materno, porque isso a bichinha não abre mão! Durante a semana toma mamadeira
com leite artificial na escola, e leitinho da mamãe de manhã e à noite. Mas não
venha a mamãe oferecer mamadeira, porque ela sabe o que quer – e o que não
quer.
Uma
coisa é certa: essa mocinha já mostrou que tem uma personalidade MUITO da
forte, e que não gosta de ser contrariada. Ai, ai, ai...
Filhota,
a mamãe anda bem nervosa com as suas negativas com relação à alimentação. Você
está crescendo e já precisa de outros nutrientes, de outros sabores, de outros
alimentos. Nosso tempo juntas é super escasso e ainda assim a mamãe faz questão
de se dedicar ao máximo para oferecer pra você uma alimentação natural,
saudável e de qualidade. Espero que logo você entenda isso e aprenda a comer. E
que se inspire no seu irmão! Porque, de verdade, acredito muito que uma das
maiores heranças que posso deixar a vocês é saber comer, porque isso vai
refletir diretamente na saúde de vocês ao longo de suas vidas. E eu só quero o
melhor pra vcs, meus amores!...
INICIADA
A CAMPANHA #COMANINA!!!!!! :-)